Título inédito e que tem orgulhado a comunidade de Otacílio Costa. No dia 16 de julho, o jovem Diego Raphael Mello, de 17 anos, saiu de sua cidade como um dos melhores laçadores do estado de Santa Catarina e retornou na semana seguinte, com o título de terceiro melhor do Brasil na categoria Rapaz, que vai até os 18 anos.

Diego se diz entusiasmado e orgulhoso da premiação. Ele conta que já laçou em dezenas de rodeios e canchas, mas chegar até Goiás, na cidade de Jataí, onde ocorreu a competição, foi motivo de grande alegria.

“É uma emoção indescritível, porque ali você está entre os melhores do país, eu fui representando nosso estado, mas só de ver o tanto de gente que tinha, já nos deixa contentes”, diz.

Ele lembra que apesar de ser uma das principais competições do Brasil, encontrou dificuldade com os animais e a estrutura do local. “Era questão de sorte na hora de laçar, porque o gado era muito ruim e o vento era muito forte, sem falar do calor que era uma coisa muito diferente para nós, pois todos os dias estava um calor de mais de 30º”, conta.

Sandra, Wanderlei e Bruno, mãe, pai e irmão de Diego, não puderam estar presentes na hora das laçadas, mas contam que assistiram tudo em tempo real pela internet. “Foram dias na frente do computador, a gente não perdia nada, era como se estivéssemos lá fazendo torcida, pois o nervosismo era o mesmo”, lembra a mãe.

Na sexta-feira e sábado, o laçador explica que todos da equipe catarinense foram dormir felizes, pois estavam em primeiro lugar, caindo posições somente nos dias que se seguiram.

Mesmo com todos os problemas enfrentados, a distância, o calor, Diego diz não se arrepender de nada e que laçar continuará sempre fazendo parte de seus planos. “Isso é o que eu mais gosto, estou até vendo que faculdade vou fazer, mas não quero nenhuma que tenha que estudar no sábado, porque é meu dia de treino”, brinca o jovem.

A próxima competição importante, e que Diego está contanto os dias, é o Rodeio de Vacaria, de 1º a 9 de fevereiro, o qual já está cuidando de sua preparação. “Esse é meu vício. Viajar mais de 1.800 km para uma competição sem premiação, pois a gente só ganha o troféu, tem que gostar muito mesmo”, conclui agradecendo ao vereador Leonir Ribeiro Silva, que ajudou com seu patrocínio.