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Fernanda quer ampliar compra de merenda escolar de agricultores da Serra Catarinense

  • - Fernanda em visita a propriedade no Cerro Negro

Com base em dados inéditos, ex-prefeita lidera articulação para que produtores locais tenham mais espaço no fornecimento de alimentos ao Governo do Estado

Foi ouvindo relatos de produtores em diferentes cidades da AMURES que a ex-prefeita de Palmeira e atual assessora da Casa Civil do Governo do Estado, Fernanda Cordova, decidiu iniciar um estudo inédito sobre a realidade da agricultura familiar na Serra Catarinense.

O que nasceu como uma inquietação virou um diagnóstico detalhado, que será apresentado na próxima quinta-feira, 19, no Seminário da Agricultura Familiar, realizado em Lages, e tem potencial de se tornar um divisor de águas para os agricultores da Serra.

Estado investe milhões em hortifrúti, mas pouco fica na Serra

De acordo com os dados apresentados por Fernanda, o Governo do Estado investe cerca de R$ 6,5 milhões ao ano na compra de hortifrúti para a merenda escolar nos municípios da Serra Catarinense. O problema? Menos de 6% desse valor é comprado de agricultores da própria região.

No âmbito municipal, o cenário também preocupa: dos mais de R$ 5 milhões destinados através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) aos municípios, apenas 49% são, de fato, comprados da agricultura familiar local.

“Esses números não podem continuar sendo ignorados. O dinheiro da merenda está indo embora da Serra, enquanto nossos produtores enfrentam dificuldade até para escoar a produção. Isso precisa mudar”, argumenta Fernanda.

O diagnóstico aponta para três entraves principais: falta de estrutura de escoamento e comercialização coletiva, dificuldade de competir com grandes fornecedores de outras regiões e burocracia que impede pequenos produtores de acessar editais públicos.

“Não podemos aceitar a ideia de que é um problema sem solução. Se não escutarmos e não tivermos coragem de ir além do discurso e de seminários, nada muda. Eu acredito que a agricultura familiar pode se tornar protagonista de um novo tempo de desenvolvimento na Serra”, afirmou Fernanda.

O próximo passo: transformar escuta em política pública

Com o diagnóstico em mãos, Fernanda defende, agora, a ampliação da compra institucional por parte do Governo do Estado, dando prioridade aos agricultores serranos.

Para isso, a proposta será criar um grupo de trabalho que atue na busca de soluções para o setor.

“O agricultor precisa de apoio técnico, sim, e a Epagri faz isso muito bem. Mas além disso, ele precisa de ajuda para encontrar novos mercados. Muitos são pessoas simples, que precisam de orientação, de alguém que os mostre os caminhos para conseguir melhorar de vida. Não podemos continuar comprando de fora o que produzimos aqui com tanta qualidade”, finalizou.

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