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Adriano Henrique assina com o São José e se torna o segundo jogador profissional da história de Otacílio Costa

Quem não sonhou em ser um jogador de futebol? A música da banda Skank, que representa um sonho, agora é a realidade de Adriano Henrique, de 20 anos, que assinou seu primeiro contrato profissional com o São José, de Porto Alegre. O jovem é o segundo futebolista profissional da história de Otacílio Costa. William Moser, em 2012, jogou quatro partidas pelo Inter de Lages e marcou um gol, contra o Navegantes.

O contrato, assinado no dia 1º de abril, é a conquista das batalhas trilhadas desde o começo da carreira: sair cedo de casa, ficar longe dos pais, alojamentos ruins, entre outros. Porém, segundo Adriano, isso deixa a vitória ainda maior: "Eu olho para trás, vejo todas as dificuldades que passei, e isso só faz eu dar mais valor."

O volante otaciliense defendeu o Zequinha na Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano, e junto dos companheiros, levou o time à melhor campanha de sua história, quando caiu para o Botafogo na terceira fase, nos pênaltis.

Diferente dos conterrâneos Grêmio e Internacional, o modesto Zeca disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, onde estreou com derrota, por 2 a 1, diante do Botafogo, da Paraíba. No Gauchão, o São José ficou em sexto lugar, com 15 pontos, pontuação que não o qualificou para a semifinal.

Trajetória

Como todo jogador, Adriano saiu de casa cedo, aos 13 anos. Ao longo da carreira, disputou dois torneios de base na Europa - o primeiro com 12 anos e o segundo com 14. Desde 2019 faz parte do São José. Com a equipe riograndense, chegou às quartas de final do Campeonato Gaúcho de base, onde foi eliminado pelo Ypiranga, de Erechim.

Inspirado em meio-campistas como Jorginho, Pogba e Gerson, o jovem otaciliense se define como um volante marcador, mas com uma saída de bola qualificada. Essa característica ficou evidente em janeiro, na Copa SP.

Os feitos deram resultado e, há 12 dias, Adriano assinou seu primeiro contrato profissional. Segundo o atleta, a equipe porto alegrense ofereceu um ano, mas ele e seu pai, Adriano Melo, conversaram e chegaram a um acordo. "Primeiramente eles me ofereceram um ano, mas preferi seis meses, é melhor para mim", contou.

Por conta do contrato curto, ao final do período, o volante pode assinar de graça com qualquer clube, ou optar por uma renovação. "Eu vou ter que dar meu máximo. O contrato é apenas uma garantia, mas agora minha carreira depende só de mim".

Além das caraterísticas técnicas e táticas, Adriano destaca a mentalidade como um dos principais pilares para um bom desempenho. "Faço mentoria com um coach, leio livros, tenho um bom apoio familiar. Tem muito guri que se perde por não ter cabeça. Se eu estiver mentalmente saudável, vou conseguir desempenhar melhor dentro de campo".

Futuro

Apesar de ser titular do São José, o jovem não esconde a vontade de defender grandes clubes do Brasil. "Meu próximo grande objetivo é assinar com um time de Série A, ou B. Jogar um Campeonato Brasileiro de Aspirantes [sub-23] por uma grande equipe".

Por estar num clube modesto, a Seleção Brasileira de Base é um pensamento mais distante para o atleta. "Com certeza penso, mas como estou num time de menor expressão, fica mais difícil ser notado".

O Campeonato Gaúcho Sub-20 é a atual meta de Adriano. De acordo com ele, um grande desempenho é fundamental para conquistar uma vaga no elenco profissional. "Esse Gauchão será o divisor de águas para mim. É meu último ano de base, preciso fazer uma boa competição".

O São José está junto do Grêmio, no Grupo C, e estreia na competição no próximo domingo, 17, fora de casa, contra o Eucaliptos, de Santa Maria.

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